18 de dezembro de 2025
Mercado
Com o título “Beto Studart: uma mentoria particular sobre a excelência”, eis artigo de Ernando de Sousa, médico pneumologista, que foi recebido em audiência pelo empresário Beto Studart,cap do Grupo BSPar. “A fluidez do diálogo, somada à generosidade em compartilhar experiências, fez daquele momento algo muito maior do que uma reunião cordial. Se isso não for mentoria, não sei mais o que poderia receber esse nome.
Confira:
Na segunda-feira, 8 de dezembro, vivi um daqueles encontros que nos fazem repensar caminhos, prioridades e visões de mundo. Fui gentilmente recebido no BS Design por Beto Studart, presidente do Grupo BSPAR, e por Luiz Campos, assessor de imprensa do grupo. O que seria apenas a entrega de uma arte rapidamente se transformou em quase uma hora de conversa que transitou com naturalidade entre temas que moldam o presente e definem o futuro, tecnologia e inteligência artificial, liderança e gestão, governança, produtividade, redes sociais, comportamento humano, crescimento sustentável e muito mais.
Um ponto me marcou logo de entrada, a excelência não é opcional em sua vida. Ela aparece nas decisões rápidas, mas pensadas, na firmeza diante dos obstáculos e na recusa sistemática do improviso como método. Assim como grandes líderes como Steve Jobs, que não aceitava ruídos no primeiro Mac, ou Daniel Ek, que discutia obsessivamente milésimos de segundo entre o botão de play e o início da música no Spotify, Beto não acolhe o “não pode”, muito menos o “sempre foi assim”. Há ali uma cultura clara de superação com preparo, de agir com coragem e de entender que o amanhã exige atenção constante já no presente.
A fluidez do diálogo, somada à generosidade em compartilhar experiências, fez daquele momento algo muito maior do que uma reunião cordial. Se isso não for mentoria, não sei mais o que poderia receber esse nome. O que se percebe é alguém que conhece bem suas próprias deficiências, que aprendeu a cercar-se de pessoas melhores em determinados aspectos e que valoriza executivos, colaboradores e conselheiros como ativos centrais da organização. Liderança, ali, não é isolamento, mas troca contínua de ideias, decisões e conhecimento.
Um destaque se faz necessário: a vaidade como nutridora do sucesso. A vaidade, muitas vezes mal interpretada, é na verdade uma característica dos realizadores. Não há sucesso escalável, legado consistente ou construção duradoura sem uma boa dose de autoestima e consciência do próprio valor. Quando não machuca, não diminui e não se transforma em arrogância, a vaidade é o combustível. Ela se manifesta no zelo pela imagem, no cuidado com o detalhe, na exigência estética e funcional, não para impressionar o mercado, mas para respeitar quem faz parte do projeto e quem será impactado por ele.
Ao comentar seus empreendimentos, ficou evidente que Beto Studart opera com um mapa mental incomum. Ele possui uma clareza sobre o futuro do negócio que transcende arquitetura, engenharia ou mercado imobiliário. Cada projeto nasce, antes de tudo, da compreensão profunda de quem será a família que habitará aquele espaço. Não é apenas um conjunto de plantas ou metros quadrados, é uma narrativa de vida sendo projetada. Ele enxerga o cliente invisível, seus hábitos, seus desejos, sua rotina, e desenha ambientes que antecipam necessidades e criam valor antes mesmo de serem percebidos. Isso é marketing no sentido mais nobre da palavra, não como propaganda, mas como coerência permanente entre discurso, entrega e experiência.
Essa filosofia explica por que seus projetos entregam acima da média. Quem entrega mais não disputa preço, entrega significado. Você não compra apenas um apartamento, adquire um projeto de lar. Um espaço pensado para encontros, descanso, convivência, silêncio e recarregamento emocional, estruturas que sustentam a vida real e não apenas a metragem anunciada.
Ao final da conversa, me peguei pensando que as ideias e feitos de Beto Studart merecem registro em livro, mesmo com seu legado ainda em construção, peça a peça, em alvenaria, aço, pessoas e visão. Ele representa um tipo de empresário raro, aquele que mantém as rédeas do próprio caminho, decide com velocidade quando necessário, age com firmeza e, ao mesmo tempo, preserva curiosidade genuína diante das tecnologias emergentes e das transformações sociais.
Naquele dia, redefini meu conceito de liderança empresarial. Percebi que o maior ensinamento profissional não está apenas nos livros, nas aulas ou nos cursos formais, mas na convivência com quem faz, com quem escolhe bem as pessoas ao redor, enfrenta crises reais, aprende com os erros e segue construindo com consistência. A experiência de quem faz, e reflete sobre o que faz, é uma das formas mais poderosas de aprendizagem.
Saí do BS Design com a cabeça mais clara, a motivação elevada e a convicção de que o Ceará possui líderes cuja visão ultrapassa limites geográficos e temporais. São referências vivas, que mostram que crescimento sustentável, excelência cotidiana e responsabilidade humana podem e devem caminhar juntos, inspirando profissionais de diferentes áreas a pensar maior, agir melhor e assumir, com seriedade, o compromisso de transformar o lugar onde vivem.
Ernando de Sousa é médico pneumologista